sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

BIKE - WBT SÃO PAULO - 2013

          Como a Dona Patroa gostou mesmo de andar de bike e já vem me acompanhando até em passeios mais longos, tava na hora de comprar uma bike mais legal pra ela. Foi então que vimos no World Bike Tour uma oportunidade legal de trocar a bike dela e ainda fazer um passeio diferente. A gente só não imaginava o Programa de Índio que nos esperava...

          Mas vamos começar do começo: Minha grande amiga Camila Maria já tinha participado de um dos primeiros WBT que teve em SP. E como ela só falava bem do passeio, me incentivou bastante a participar este ano.

          Tudo começou com a inscrição no mês de outubro do ano passado, um domingo inteiro fazendo uma atrás da outra pra ver se conseguia ser sorteado. Primeira etapa vencida e chegou o boleto pra pagar na semana seguinte. E foi a partir daí que o Pajé começou a fumar!

          Do começo de novembro até a primeira semana de janeiro, não tivemos confirmação nenhuma que o comprovante foi recebido e que realmente iríamos participar. Mandamos um e-mail para o suporte e a resposta foi que deveríamos esperar um e-mail de confirmação.

          Quando recebemos este e-mail ele apenas informava que deveríamos pegar o Kit na semana do passeio na USP, mas não falava nada sobre o passeio em si. Entrei no site do WBT, que por sinal tem um design muito ruim e com pouquíssimas informações a respeito do passeio e tive que ler o regulamento inteiro pra saber o horário que deveríamos estar na ponte pra pegar a bike.

          Por sinal outra grande falha de toda a organização: o passeio começa em um lugar (Ponte Estaiada) e termina em outro (USP). E não tinha informação nenhuma onde você poderia parar o carro, se teria transporte da USP para a ponte, no caso de usar transporte público, qual seria a melhor opção. Ou seja: se vira!

          Chegamos na ponte umas 8:30 e pegamos uma fila imensa pra entrar na ala onde estavam as bikes porque já não cabia mais gente em cima da ponte. Precisamos esperar todo aquele povo sair pra depois entrarmos e pegarmos as nossas.

          Quando finalmente entramos (estou falando de umas 300 pessoas que estavam na fila conosco só em uma das 4 "pernas" da ponte) a visão que tive foi de um campo de batalha onde o que tinha sobrado eram restos de bikes. Começamos a garimpar uma bike que tivesse as mínimas condições de sair andando. A maioria tinha o quadro riscado, muitas com peças quebradas (manetes de freio, espelho, pedal, banco rasgado, etc). Depois de uns 15 minutos, conseguimos e por sorte levei um jogo de chaves, onde apertei alguns parafusos soltos da mesa do guidão, banco e rodas (!).

         Não precisa nem falar do câmbio e freios que estavam totalmente desregulados e as rodas desalinhadas (quando freava parecia que a bike tinha ABS), mas, dadas as condições, com isso não me preocupei pois daria um jeito em casa.

          Saímos da ponte umas 10:30 e o que víamos pelo caminho era muita gente empurrando as bikes. Até tinha uns pontos de apoio da organização com mecânicos e ferramentas, mas em cada ponto desse deveria ter uma centena de pessoas esperando sua vez. Lamentável!

          Olhando pra tudo isso não me conformo como um evento que pretende incentivar pessoas a se tornarem ciclistas pode ter tantas falhas. Outro ponto que não me conformei foi com o banco que colocaram nas bikes. Até eu que estou acostumado a pedalar fiquei com a bunda doendo nestes "longos" 10km das pistas perfeitamente lisas da Marginal Pinheiros! Imagina quem nunca pedalou ou quem não está tão acostumado. Sinceramente se fosse este meu caso, minha bike já estaria anunciada no Mercado Livre.

          Mas a bike em sí é boa e bonita. Tem alguns componentes bons e outros ruins como qualquer bike mediana. Uma bike apropriada pra quem está começando a dar suas pedaladas. Acho que o único item que realmente precisa ser trocado é o banco por um mais confortável.
   

Entrada da ponte


A "perna" da ponte ao lado estava pior que a nossa. Lá faltou até capacete
Finalmente saindo
Marginal Pinheiros
Ponto de largada dos Vips
Muito agradável o cheiro nesta região
Pelo menos não choveu

          Graças à essa minha grande amiga, que tem fortes influências no planalto, consegui também minha carteirinha da FUNAI que dá livre acesso à todos os Programas de Índio com direito 'a ala VIP (Você Integrado ao Povão) e, claro, já ganhei meu primeiro carimbo do ano.

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