quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Reforma da Caloi 12



Antes e Depois

          Quando eu comprei a Caloi 12 sabia que uma hora precisaria fazer uma reforma. A pintura estava em péssimo estado e como o bicicletário aqui do prédio não protege tão bem da chuva, a ferrugem comeu solta. Já estava ficando preocupado, pois em alguns pontos parecia que estava um pouco mais profunda do que no resto do quadro, onde era apenas aquela corrosão superficial ou cosmética como também é conhecida.

          Quanto à mecânica, já tinha trocado o movimento central, relação e colocado rolamento nos cubos de roda. Ela estava muito gostosa de pedalar.

          Comecei definindo as cores, mas não quis inventar a roda: quadro preto e detalhes em branco. No final achei que ficou um pouco “apagada” e então resolvi colocar as rodinhas do cambio traseiro. Foi a cereja do bolo! Ficou linda!

          Desmontei todas as peças e fui separando em um caixa tomando cuidado pra não misturar os componentes do câmbio com os da caixa de direção e dos freios. Como foi a primeira vez que estava desmontando completamente uma bike e iria demorar um bocado pra montá-la de novo, me precavi pra não precisar colocar tudo numa caixa e levar numa bicicletaria. :)

          A parte mais fácil foi a pintura do quadro. Utilizando um removedor de tinta e uma espátula em poucos minutos ele estava inteiro no ferro. Depois passei uma massa plástica em alguns pontos que a ferrugem tinha comido um pouco mais e já estava pronto pra pintura. Primer de base e uma boa camada de preto fosco vinílico. Não queria envernizar depois por isso a escolha por esta tinta.

          Quadro e garfos prontos foi vez das peças menores. Só que desta vez não utilizei o compressor e sim o aerógrafo, pois devido a área das peças serem pequenas, a qualidade ficaria bem superior. Lixei cada uma delas com uma lixa bem fina apenas pra tirar qualquer rugosidade superficial e depois fiz uma boa limpeza com água raz. Pintei todas, inclusive as que teriam acabamento final em branco, pois um pintor que me recomendou utilizar esta tinta vinílica como base pra tinta branca, pois ela tem uma ótima aderência no alumínio.

          O que deu mais trabalho foi o câmbio. Originalmente pretendia limpá-los e deixar como cromo original, mas estavam em péssimo estado. Tentei polir, lixar, mas nenhum resultado ficou bom. Então pequei a Dremel e esmerilhei todas as partes cromadas removendo tudo. Dei uma boa camada de preto e depois empapelei para pintar as peças que ficariam brancas. O resultado ficou ótimo!

          Só faltavam as rodas. E como não imaginava que isso fosse dar tanto trabalho! Parece que as bicicletarias, mesmo as mais antigas já se esqueceram de como se trabalha com essas bikes. E a dificuldade de arrumar peças então é pior ainda. Quando você acha os raios, não tem a folha. Quando tinham a folha não tinha o cubo. E pra ajudar cada um falava uma medida diferente.

          Acabei achando uma bicicletaria bem antiga lá no centro de São Paulo e foi lá que eu consegui montar as rodas. Não exatamente do jeito que eu queria, pois não encontrei as folhas brancas e sim pretas. Mas consegui os cubos brancos e os raios pretos. No final ficou uma combinação legal.

          Agora estou com dó de deixá-la novamente no bicicletário e estou em processo de convencimento da Dona Patroa a deixar eu colocá-la na sala! 
























Um comentário:

  1. Essa reforma ficou animal, o detalhe da roda, pneu preto, roda prata e fim da roda preto de novo.

    Sem contar a fita do guidão branca...

    Parabéns!

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