quarta-feira, 14 de outubro de 2020

CAMINHADA - Rota Frei Galvão

                Mais uma vez fazendo a rota mais difícil e talvez a mais bonita do Brasil: O Caminho de Frei Galvão. E desta vez tivemos a companhia da Shirley, que já tinha feito a Rota da Luz com meu pai. Desta vez não entrarei muito nos detalhes do trajeto, pois estão bem descritos no relato anterior.

Indo para São Bento do Sapucaí


            Chegando em São Bento na pousada Tia Cida recebemos a visita do "Brinco",  responsável pelo caminho, para nos entregar as credenciais e ficamos sabendo que o Sr. Owsaldo Buzzo e um amigo estavam numa pousada próxima e que iriam fazer o mesmo caminho. Pra quem não o conhece acesse este link e dê uma olhada em seu "currículo" de caminhadas.

                Meu pai e eu tínhamos curiosidade em conhecê-lo e fomos até o hotel onde estavam hospedados mas já eram mais de 21hs e eles já estavam dormindo... sem problemas pois ainda nos encontraríamos pelo caminho.

                Havia chovido a semana inteira e estávamos preocupados com o tempo, mas não desistimos. E demos muita sorte, pois pegamos tempo nublado todos os dias mas sem chuvas. Foi perfeito para caminhar.
          
Livro de visitas do caminho



                Dia tranquilo e sem surpresas. A subida estava melhor que da outra vez sem aquele barrão que precisamos ligar o "4x4" pra subir. Primeiro dia é sempre um prazer e os ânimos estão lá em cima. Chegamos em Luminosa e ficamos na Pousada Casa Gonçalina, bem na entrada da cidade.

          Descansamos um pouco e fomos dar uma volta pelo centro para comer um lanche. E para nossa surpresa encontramos o Sr. Oswaldo e o Vinicius na praça da Matriz. Foi um momento muito agradável da viagem. Fazer amigos pelo caminho e ainda mais pessoas que você admira torna a viagem muito mais especial!

          Voltamos para a pousada e ficamos conversando com os outros peregrinos que lá estavam fazendo o Caminho da fé (meu relato aqui) e foi uma noite muito agradável. O casarão antigo foi totalmente reformado para se tornar pousada e tudo era novo e feito com muito esmero. Cama, banheiro e café da manhã que um peregrino exigente não teria do que reclamar. E preço justo.



Companhia nova na caminhada!

Pedra do Baú ao fundo

São Bento do Sapucaí ao fundo

Pedra do Baú

Final da subida vira uma trilha

Fim da Subida







Divisa de estados e inicio da descida para Luminosa





Pousada Casa Gonçalina

Shirley, Vinicius, Oswaldo, José e João

Tomando suco de cevada!



                Este dia caminhamos menos, pois ficamos em uma pousada aproximadamente 5kms antes de Piranguçú por recomendação do Brinco. E valeu muito a recomendação!!

                Fomos recebidos pelo Cristóvão que administra a pousada e depois conhecemos seu pai, Sr. José Carlos que "garrou num papo" com o meu pai (os dois são de Itajubá e têm muitos conhecidos em comum) que rendeu boas risadas por algumas horas. Foi uma tarde muito agradável regada a porção de torresmo mineiro e tomate de árvore, que eu não conhecia e achei uma delícia. Além de comermos ainda levamos um saco cheio para apreciar durante a caminhada.

                A pousada fica nos fundos de um local de eventos (salão para festas) e todo o sítio é muito lindo com a vegetação cuidada com esmero tornando o ambiente extremamente agradável. Os quartos são simples com banheiros. Tudo o que o peregrino precisa.


Café da manhã caprichado



Praça principal de Luminosa











Árvore de cabeça pra baixo???



Entrada da Pousada Espaço Mantiqueira

Área de refeição da pousada





Sempre fazendo amigos :)



Área para eventos

Tomate de árvore e torresmo à mineira



          Este dia foi bem puxado, pois precisamos somar os 5kms dando um total de 35kms,  com uma montanha alta e com a descida bem agressiva. Foi bastante cansativo. Principalmente no período da tarde que o Sol mostrou a cara e a temperatura também subiu bastante. E pra terminar os últimos 8kms foram de asfalto.

          Chegamos na Pousada Castelinho em Wenceslau Brás já quase anoitecendo e marcamos o jantar na Dona Derly que tem o restaurante ao lado da pousada. La encontramos novamente os amigos Oswaldo e Vinicius e jantamos junto batendo um bom papo sobre o caminho. Em Piranguçú eles haviam ficado em uma outra pousada.

          Nesta pousada encontramos uma romaria que vinha de Campanha / MG com carro de apoio. Não eram muitos (15 caminhantes) devido ao vírus chinês, mas como sempre fizemos amizades e no dia seguinte andaríamos um bom trecho juntos.











Piranguçú ao fundo

Topo do morro do defunto





Mais amigos








Agora foi a vez da Shirley fazer amigos



                Mas uma vez um dia destruidor!! Esse caminho realmente não é para principiantes!!

                Saímos as 5hs e chegamos às 16:30 hs, ou seja, praticamente 11hs de caminhada com pequenas paradas pra comer algo e principalmente beber água.

                Fomos os últimos a sair da pousada e na ponte de zinco onde saímos do asfalto encontramos os romeiros de Campanha. Como eles não estavam fazendo o Caminho oficial de Frei Galvão, em alguns pontos eles faziam rotas ou atalhos alternativos e a gente seguia sempre pela rota oficial. Em alguns trechos alguns deles vinham com a gente para conhecer o "nosso caminho" e depois decidirem por qual eles fariam no ano seguinte.

                O mesmo tanto que é bonito é desafiador este caminho. Realmente pra quem nunca fez o ideal é ir com alguém com experiência ou que tenha um bom GPS com a rota atualizada. Até a Fazenda Boa Esperança o caminho está impecavelmente sinalizado, porém dai pra frente, que justamente é o trecho mais difícil de navegação, faltam várias marcações e a chance de se perder é muito grande.

                    A recepção na Dona Sueli é sempre um ponto alto da viagem. Ficamos muito felizes e nos sentimos em casa depois de uma caminhada tão difícil. Ainda mais agora que ela construiu um sobrado com vários quartos com tudo novinho. Perfeito pra quem precisa de uma boa cama pra recuperar do cansaço.

                Depois de um bom banho ficamos no barracão conversando com os amigos de Campanha e os amigos da Rota: Oswaldo e Vinicius. Ai sim pudemos botar todo o papo em dia regado à cerveja gelada, uma pinguinha da boa e uma porção de torresmo. Tem coisa melhor???

Inicio do dia com 10km de asfalto

Pousada Lageado que está fechada



Amigos peregrinos de Campanha/MG





Cabeças de ponte da guerra de 1932













Santuário no topo da Serra

Última seta Azul









Amigos juntos novamente

         
DIA 5 - PILÕES AO CENTRO DE GUARATINGUETÁ

                Sinceramente, depois de caminhar por umas das paisagens mais bonitas do Brasil, as montanhas do sul de Minas, a ideia de caminhar por um vale em uma estrada muito movimentada e pelo centro da cidade não anima nem um pouco. Então pra mim e meu pai o Caminho de Frei Galvão termina em Pilões na Dona Sueli!

                Neste dia preferimos pegar um ônibus circular até o centro na Casa de Frei Galvão, que por sinal está fechada devido à fraudemia. E não é que por umas dessas coincidências da vida chegamos na mesma hora que nossos amigos da rota que estavam vindo à pé?? Foi perfeito para tirarmos uma bela foto juntos e nos despedirmos.

                De lá pegamos um Uber até a Basílica de Aparecida para passarmos em frente a Santa e agradecermos pela proteção e pegamos o ônibus de volta pra casa.


Foto da chegada!!!

Eu e meu herói

Peregrinos na Basílica de Aparecida / SP










2 comentários:

  1. Show. Muita bem feito o blog e parabéns pela aventura

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  2. Espetacular essa trip !!! Me instigou a fazer para ver a olho nu essas paisagens sensacionais ;)

    Parabéns pela criação do conteúdo!!

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